domingo, 13 de fevereiro de 2011

A vida que segue (como?)

Uma coisa que me irrita profundamente é quando o outro fala da sua (minha) vida como se soubesse mais de mim do que eu mesma, e ainda com um direito (que não dei) de julgar minhas escolhas. Pura perda de tempo, porque será que eles tem tanto tempo para perder? A vida deve ser um tédio, a ponto de se preocuparem tanto comigo. E digo assim porque essa preocupação não é em encontrar uma maneira de me ajudar, mas de justificar pra eles mesmos os seus fracassos.
Tenho cuidado da minha cabeça (entenda-se saúde mental) e tenho caminhado como qualquer outro ser. Depois de dois anos dos meus problemas de pânico (e se quiser saber mais sobre o transtorno, joga no Google) já mencionei aqui que conheci e confirmei quem são meus amigos e quem eram os figurantes que tiveram de sair de cena.
Marquei uma avaliação psicológica, ainda não sei se deixarei de tomar os remédios mas farei de tudo para que isso ocorra. O problema que fica é o medo de passsar por tudo outra vez. 
Amigos de verdade são poucos, são os que suportam as suas fases "brabas", são os que te dão força e te levantam e não aqueles que curtem com você um fim-de-semana maravilhoso, porque essa parte é a mais fácil da história. Enfim, mas do que mais vale ter uma crise de pânico, senão para descobrir quem são seus amigos?
A parada na vida é inevitável, então é o momento de pensar e retirar do forma quase mágica todas as obrigações que para você não fazem sentido. Sim, eu fiz isso. Sobra tempo para rever a vida como num filme, e, a partir de então dar novos rumos, ousar, e viver intensamente porque a qualquer momento tudo pode parar, tudo pode acabar... e neste momento o que realmente vai importar? Essa resposta é individual, mas para mim o importante é não contrariar tudo aquilo em que acredito e me fazer feliz. Quem torce por mim e está do meu lado vai estar feliz também, afinal não sou egoísta e quando posso proporcionar algo bom pra alguém e quando posso solucionar os problemas dos outros, boa parte de mim estará satisfeita. Valerá a pena ter vivido.
Sobra tempo para você rever conceitos. E nunca fui do tipo que julgava que depressão é frescura, é doença com sintomas como gripe, pode apostar. Continuo com o princípio de que não se deve opinar sobre o que não conhece. Então depressão, transtorno do pânico, distimia, toc são todas doenças mentais e merecem atenção, inclusive pelo tanto do desconhecido da alma humana, pois ninguém é capaz de prever entre sintomas e causas as consequências do problema. Portanto, não se deve dar as mãos para a ignorância, vale a pena ouvir, e nesse caso ouvir já é um santo remédio. 

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