domingo, 6 de novembro de 2011

O Lula no SUS

Depois de tanto ler sobre o assunto, resolvi escrever o que considero apenas a minha opinião neste momento, o que pode mudar em um segundo mas é o que eu acho agora.
Não fui eu quem lançou a campanha:"Lula deve fazer o tratamento no SUS" porque eu não teria tempo, disposição ou coragem para isso, e sei que essa possibilidade não existe.
Escrevi algo parecido com isso no Twitter e perdi uma seguidora com a qual conversava esporadicamente, mas que se sentiu super ofendida, magoada, decepcionada comigo visto que é uma petista vermelhinha e convicta.  Uma pena isso ter acontecido, visto que eu sei qual a carga de sentimento que tenho no meu coração a respeito desse assunto... São dois pontos que quero explanar aqui: Primeiro- Toda minha torcida positiva para o Lula em sua breve recuperação e também para todas as pessoas que eu souber que estão doentes, sofrendo ou tristes porque eu só desejo o bem para as pessoas. Todos temos fases difíceis na vida, mas uma palavra de carinho ou um pequeno gesto nos ajuda a suportar nossos fardos.
Segundo- Uma frase rápida e sem a importância que muitos deram é desejar que Lula se trate no SUS para que conheça ou sinta na pele o drama de quem além da doença tem que suportar o descaso do atendimento. Mas nem de longe quando disse isso estava desejando o mal a ele, ou acreditando que a frase iria mandá-lo direto para o SUS. E também não disse isso por se tratar do PT, não sou filiada a nenhum partido e independente de partido desejaria da mesma forma, desejando algo impossível, apenas conjecturando. Da minha parte, maldade nenhuma... por outro lado li frases que me assustaram como: "Lula tem 80% de chance de cura e eu torço pelos 20%" - isso é maldade pura, é o pior do ser humano... mas a maldade existe, precisamos é nos cercar do que é bom formando uma barreira contra essas pessoas.
Voltando ao SUS, acompanhei a espera de meu pai por uma cirurgia de catarata pelo sistema único de saúde, espera esta que durou cerca de um ano e meio e só eu sei o que foi essa espera... eu e o meu pai.
E vez por outra eu desejo que o prefeito use transporte público diariamente mesmo sabendo que isso nunca vai acontecer, pois quando alguém fala com ele no programa de rádio que o transporte em nossa cidade é ruim ele responde: Mas em que que está ruim?
Fica bem mais fácil responder quando se usa desse meio. Ruim é o fato de a maioria dos pontos não terem cobertura, ficamos expostos ao sol ou chuva por um tempão, pois não temos ônibus de 15 em 15 minutos. Temos de hora em hora... Se por acaso um ônibus não passar no ponto, porque ele quebrou ou porque o motorista encurtou o caminho, aí é que vou chegar no compromisso de trabalho ou pessoal só uma hora depois... Coisa mais comum do mundo é motorista não fazer a linha corretamente e "pular" os pontos nos bairros... aí a desgraça está feita, pode chamar o táxi...
Em trajetos curtos, como casa ao trabalho, fico cerca de uma hora esperando o ônibus... chegaria mais rápido indo a pé, mas o sol me faria mal e eu chegaria toda suada no local de destino.
Enfim, nada de ruim para quem não vive esta realidade.
A vida é assim mesmo... quem foi que disse que "pimenta nos olhos dos outros é refresco"? Seja como for, cada um tem sua cota de sofrimento, portanto se pudermos enviar energias positivas ótimo.
Se pudermos marcar a vida das pessoas como algo positivo acho que encontramos o propósito de nossa existência.
Força ao Lula, aos familiares. Força para todos, pois a jornada é cheia de obstáculos.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Alma Negra 2007

Feriado pede almoço especial e vinho bom para acompanhar. 
O vinho do dia foi o Alma Negra 2007, um mistério pois o produtor Ernesto Catena não declara quais castas foram usadas na elaboração deste vinho. Provavelmente trata-se de um corte com malbec e talvez cabernet sauvignon... mas prevalece o mistério... bom demais diga-se de passagem. Vinho com aromas intensos, camadas de chocolate, frutas vermelhas em compota, especiarias. Bom volume na boca, taninos macios... um vinhaço!
Fica aí a dica de um vinho sensacional que acompanha bem carnes vermelhas e caças.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Biografia autorizada

Penso que seria bom escrever minha biografia, uma vida sem muitas histórias interessantes, mas toda vida por mais monótona que seja é interessante, tem seus porquês, seus momentos felizes e sua carga dramática.
Ao compartilhar um pouco do meu passado não busco consolo ou compaixão, busco apenas dividir experiências, afinal o que passou passou mas pode servir para alguma coisa, sei lá... ou não?
Rever, remexer passado, recontar uma história... A quem pode interessar senão a psicologia que acha que reviver emoções pode fazer maravilhas por você? Eu reviro meu passado só para compartilhar experiências mesmo, ou mostrar o que é uma vida bem pobrinha em experiências. Vida que corre para o mar. Vida que é uma só. Escolhas que te impulsionam, o caminho é sem volta e uma escolha geralmente anula uma possibilidade totalmente oposta... 
Problema é que a consequência é conhecida depois da escolha feita... e o caminho é sem volta. Claro que podemos voltar atrás nas decisões, mas não no tempo... nunca!
A vida é assim mesmo.


domingo, 2 de outubro de 2011

Não ter, não ter...

Com a facilidade em buscar imagens na internet, volta e meia me pego revendo coisas relacionadas aos anos 80 - a minha década - o meu tempo.
Naquele tempo... É, me pego falando como gente vivida, experiente, como meus pais falavam e começo uma "viagem" a um tempo que me pertence, as minhas lembranças.
Sou filha única, porém não eram tempos de fartura financeira e também nunca soube o que era "não ter" o necessário. Fui criada em meio aos adultos, pois quando nasci mamãe tinha 40 anos e os filhos das amigas delas já estavam bem crescidinhos. 
Tive alguns brinquedos legais, mas não tive todos os que quis. As bonecas eram bem paradonas, então eu gostava mesmo de montar o ferrorama no meio da sala, gostava de carrinhos e brinquedos movidos à pilha.
Posso listar os que tive e foram mais legais: o ferrorama, um revólver, aquaplay, pianinhos, vídeo game, bicicleta, o meu bebê- aquele que só tinha uma tochinha de cabelo. Tive pogo-bol, jogos de tabuleiro, bolas, raquetes e etc.

Posso listar os que quis muito mas não tive: autorama, o robô Ar-tur, gênius, bicicleta caloi cross, patins, som 3 em 1.
Claro que diante do "não ter" um brinquedo que queria muito me sentia triste, mas era uma criança feliz que não se abatia facilmente. Esse tipo de lembrança não me machuca, e consigo me orgulhar te ter aproveitado a felicidade da infância, propiciada pelo ambiente, por pessoas que faziam parte da minha vida. Eu sabia, não sei exatamente como, que o ser era infinitamente mais importante que o ter. E eu era o que queria ser, e eu vivia a vida que queria ter.
Quando tinha uns oito anos as coisas começaram a ficar complicadas. Meu pai teve problemas com alcoolismo e minha casa era um inferno, sem violência física mas com muita violência verbal. 
A pessoa que mais me dava suporte era minha madrinha que descobriu um cãncer e morreu nesse mesmo tempo- setembro de 1985. Meu mundo caiu, mas só me dei conta com o passar dos dias e dos anos.
Nessa época, a paz para mim já era mais importante que qualquer brinquedo e ter isso ou aquilo não me fazia melhor ou mais feliz. Notei então que ter alguém é bem mais difícil do que ter um brinquedo, pois é preciso sentir e acreditar.
Meus tios e primos nunca se importaram comigo, talvez pela diferença de idade ou distância emocional que tínhamos e temos e teremos.
Um dia de cada vez e os tempos difíceis já faziam parte do passado. Com muito trabalho, conseguimos recuperar meu pai e formamos uma familia pequena e feliz, agora já não somos mais aquelas pessoas de 1985... somos o que podemos ser. Quando falo da infância que tive, me refiro até 1985, no entanto meu rendimento escolar nunca diminuiu e sempre tive facilidade e gosto em aprender e sempre soube separar as coisas. 
Outros tempos vieram e eu pude ter coisas que na década de 80 nem sonhava ter e mais uma vez pude comprovar que juntar coisas não me faz mais feliz do que juntar pessoas, mas esta é uma dificuldade que tenho, não as sinto perto, não as sinto se importando comigo, salvo raras exceções.
Desde que me conheço abominava bebida alcóolica que destrói tantos lares, inclusive o meu que levou tempo para ser reconstruído, não sem deixar suas marcas. Quis o destino que durante minha estada na Bahia num período em busca de mim mesma, me descobrisse fascinada por vinhos. 
Fui morar na Bahia totalmente aberta para o novo, para algo que não conhecia pois isso me faltava... me faltava paixão pela vida, pela minha vida.
Busquei trabalho em recepção de hotel, mas o que apareceu foi de vendedora em loja de vinhos. Pensei em recusar, pensei seriamente. Era um mundo que eu desconhecia e minhas referências, minhas experiências não eram tão boas.
Aceitei e foi o primeiro emprego que tive gosto em ter. Aprendizado intenso. Hoje não me imagino fazendo outra coisa senão tudo o que faço relacionado ao mundo do vinho. Encontrei nesse meio também bons amigos. O caminho que percorri foi esse. Nenhum caminho ou escolha é fácil, as dificuldades fazer parte, o desafio nos move o tempo todo. Algumas coisas permanecem num lugar intocado.




domingo, 25 de setembro de 2011

Cacau Show está mesmo show de chocolates.

Fui até uma loja da Cacau Show a procura de um presente e para minha alegria me deparo com esta caixinha linda. Coleção Sommelier assinada por Manoel Beato, o mais fomoso sommelier do Brasil, e nem preciso dizer que fiquei muito feliz pois isso significa que o Brasil está aprendendo a degustar vinhos e mais do que isso, está tomando gosto em percorrer esse caminho sem volta que é a paixão pelo mosto fermentado de uvas.
Tinha também outra coleção de trufas com licores, whisky, e outras bebidas que vem com um saca-rolhas. Não gostei, pois o saca-rolhas é feio demais e não tem nada a ver com o conjunto de trufas em si... achei sem nexo... ainda fosse um saca-rolhas melhor...

domingo, 18 de setembro de 2011

Uma breve história da consumista antes adormecida

Quem me conhece sabe que não queria mais microondas em casa pois cismei que o treco não faz bem para a saúde. Nosso único microondas se danificou na mudança para a Bahia e nos desfizemos dele. Anos se passaram e agora tenho contato com um simpático microondas lá no trabalho.
A praticidade ao esquentar um prato e o fato de que aprendi que fica ótimo queijo brie ou camembert e geléia de pimenta aquecido acabou me convencendo de que PRECISO de um forno microondas aqui em casa! Nem preciso mencionar a pipoca...
É bem verdade que preciso uma porção de coisas, mas aí acontece de dar aqueles 5 minutos e coloco alguma coisa no topo da lista e saio para comprar. 
Assim, comprei meu maravilhoso forno de microondas. Chegou ontem e... já com aquela tomada horrível saí em busca do adaptador. Três lojas e nada... não tinha. 
Hoje consegui  encontrar a pecinha aqui perto de casa. Fiz meu camembert com geléia de pimenta, abri um Isla de Maipo Sauvignon Blanc 2010 e passei horinhas de agradável prazer em companhia dos meus.
Este vinho tem um aroma pouco pronunciado, boa acidez. Na boca tem discreto abacaxi e bastante frescor.
No entanto, antes disso tudo resolvi dar uma volta no shopping. Sorvete do Mc Donalds e macadâmias açucaradas do quiosquinho que eu não me lembro o nome.
Estou um pouco cansada, ainda que o shopping é pequeno... acho que estou ficando velha.. hum... talvez... Mas enfim, essa é a vida que eu tenho, não é grande coisa mas tenho que aproveitar da melhor maneira possível.

domingo, 11 de setembro de 2011

Atualizações.

O trabalho que era temporário se tornou efetivo. E eu de desempregada que estava, agora novamente entre garrafas que é onde fico bem.
Penso em algo para escrever, não vem nada. Acredito que minha alegria deva ser compartilhada com que esteve ao meu lado quando precisei... e sempre preciso... Sou assim, preciso apenas de palavras, de carinho e atenção.
E com essas poucas pessoas divido minha alegria por aqui ou por qualquer outro meio.
A vida é uma coisa louca mesmo... que para mudar é um click. Se boa ou ruim, sempre muda.
Em meio a minha felicidade com o trabalho, revi um amigo muito querido que tem acompanhado minha trajetória profissional. Almoçamos juntos num restaurante que nos propusemos a conhecer. Tinha vinho, mas o serviço é o pior que já vi. Nosso assunto durante a refeição foi apontar as falhas do restaurante, desde a falta de toalhas na mesa... mesas feias diga-se de passagem.
Mudando de assunto, hoje-domingo foi um dia chato ao quadrado. Pensei em ficar em casa para descansar, e o tédio tomou conta. Minha mãe fica reclamando de tudo num volume que eu ouça, só para ativar minha culpa... e eu só queria paz. Tentei tv, cama, geladeira, pc, geladeira, cama, tv... nada supriu minhas necessidades do dia, não encontrei a paz em nenhum canto, mas daí também já não tinha energia para ir ao shopping procurar minha paz num MC Flurry ou algo assim.
Sumi do blog por falta de tempo, ideia, assunto... mas sempre reapareço. Bjs.

sábado, 20 de agosto de 2011

A boa nova. (fase)

Tenho boas novas. Comecei a trabalhar numa loja de vinhos e estou adorando meu novo emprego.
A vida segue seu rumo, eu faço a minha parte.
O caminho é difícil, a trajetória é longa e muitas vezes dá uma vontade de desistir e é como se desistisse e voltasse a tentar no dia seguinte, até o dia em que as portas se abrem e a esperança faz sentido.
Talvez a vida seja assim mesmo e exige de nós muita calma e compreensão. O que importa agora é que estou curtindo a nova fase e aproveitando cada segundo com desejo de eternizar o momento.
Poucas pessoas estiveram do meu lado quando precisei e a estas sou muito grata.
Novidades em outros posts que se seguirão. Bjs.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Foi assim...

Domingo estive novamente em São Paulo para o recital da Cathy no encerramento desta série de apresentações do Cortinas Lyricas do Oficina. Foi mais uma vez belíssimo e inesquecível.
Difícil falar sobre esta mulher de voz afinada e doce e sentimentos nobres. Inteligência, elegância e carisma... tudo junto e misturado... assim facilmente quando a conheci fiquei fã e todo o resto que eu disser é meio que se repetir, chover no molhado, sabe...

Bom, e depois de curtir meu passeio em Sampa voltei para casa e eis que encontro um delicioso bolo com maçãs e xarope de groselha me esperando. Receita super aprovada! As maçãs são cortadas ao meio e colocadas no fundo da fôrma. Delícia........


 

E  para terminar o dia em grande estilo assim como comecei, fui com mamãe assistir  "La Traviata " - do programa Circulando Ópera do Estado de São Paulo. 
Resumo da Òpera: O dia foi muito agradável e estou  pedindo bis até agora.

sábado, 16 de julho de 2011

Brown Cow


Já tinha ouvido os boatos de ele voltaria... hoje vi no supermercado o Brown Cow e imediatamente voltei no tempo... alguns produtos que eu tinha na minha infância desapareceram e este é um dos poucos que estão de volta!
Com tanta expectativa da galerinha da minha geração, o preço está nas alturas - $ 6,59 - não comprei. Sei esperar uma promoção com preço um pouco melhor.

Hospital - acontecimentos e pensamentos.

Comecei a semana na Unicamp, acompanhando meu pai na cirurgia de catarata. Após esperar mais de um ano e meio para que o município nos encaminhasse para lá, chegou o tão esperado dia!
Eu sou a acompanhante oficial dos meus dois amores sempre que precisam e desta vez me surpreendi pois tive algumas incumbências além da de acompanhar propriamente dita.
A cirurgia foi bem sucedida, já fizemos o retorno e meu pai já está curtindo o fato de poder ver bemmmmmmm melhor do que antes.
Para mim, as horas no hospital sempre rendem muita reflexão, pois lá eu vejo muita gente que está sofrendo com diversos problemas e que tornam os meus tão pequeninos e quase inexistentes.
Muitas pessoas dariam tudo para respirar como eu respiro, sem ter de andar com aquele cilindro de oxigênio a tiracolo... Em nenhum momento minha reflexão é voltada ao conformismo. Não devo me conformar com a minha vida, devo agradecer, e dar sempre mais de mim para atingir meus objetivos. Tenho que encontrar forças. Todos devem procurar viver da melhor maneira possível. 
Fico muito feliz que existam tantas pessoas que trabalham para amenizar a dor e o sofrimento. Queria poder ajudar também, mas não tenho essa capacidade então tento ajudar pessoas com o que eu posso e sei fazer. 
Talvez, eu disse talvez, ao nascer todos ganhamos um destino traçado, um papel a desempenhar no mundo e na vida dos outros, e tento corresponder às expectativas. Hospital é um lugar onde consigo pensar mais do que o normal. Queria entender qual o propósito do sofrimento. O que de fato constitui e determina que uma pessoa vai sofrer tanto, algumas chegam a conhecer só o sofrimento e suas limitações. Espera-se que o sofrimento leve à evolução do ser humano, mas evoluir para onde? Esperar o quê? Viver é bacana, é bom desde que usufruindo de saúde, mas qual é o propósito maior? 
Tá, eu sei que a vida tem o sentido que eu der para ela... Ou seja, depende de mim, unicamente de mim que a coisa funcione, que a felicidade apareça e resolva ficar. Todos os dias é tempo de tentar mais um pouquinho. E vamos que vamos!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Um sonho que se sonha só...

Mais uma noite em que sonhei que estava em Porto Seguro e tinha o meu emprego onde eu era muito feliz. É para esse passado nem tão distante que vou quando estou triste de tanto buscar e não encontrar outro trabalho que me realize igualmente.
O sonho foi um pouco tenso, apesar de tudo eu sentia um medo. Era como um medo de acordar ou um medo que não sei explicar. O sonho bom foi ganhando ares de pesadelo até que acordei. 
Em sonho estive com meus ex-patrões e meu ex-colega de trabalho, o que de certa forma mata a saudade que sinto.
Não é segredo pra ninguém que só não fiquei lá porque não pude. Achei mais sensato morar onde tenho médico e dentista, afinal não vivo sem eles. Nunca pensei que teria que morar aqui por esse motivo, é mais fácil imaginar qualquer outro. 
O passado existe, as lembranças batem e é pra esse tempo que vou quando o presente não me agrada. Funciona como um fuga. Cada um tem seu jeito de suportar o que não consegue mudar, não é? O meu é esse e não que eu quisesse voltar no tempo, mas queria avançar de forma mais prazerosa.
Sou responsável pelas minhas escolhas (certas e erradas). Sei que quando errei foi tentando acertar e acho que acontece com quase todo mundo. 
Sou culpada pela minha tristeza, sabendo que eu não tenho o direito de ser triste pois a vida é muito generosa comigo, talvez por isso escape ao meu controle e seja uma doença, fato que precisa ser aceito antes de tudo.
De um dia para outro o que era simples passou a ser complicado... e eu que achava que me conhecia preciso me conhecer ainda mais. 
Aquilo que me machuca é assunto que eu evito. Até quando? Talvez sempre, pois as pessoas não merecem ser feridas com palavras, mais uma vez a culpa é minha que deveria ter um entendimento maior sobre viver. Vai ver que viver é isso, é não esperar nada de ninguém, é não esperar que alguém se importe em saber como foi o meu dia e eu sempre esperei mais das pessoas, mais do que elas poderiam se dar para mim.
E o que eu estou buscando? Oportunidade de crescimento pessoal, de condições melhores. Mas o que EU tenho a oferecer? A vida é troca e eu recebo o que dou... então eu não me doei porque não recebi... eu decepcionei primeiro? Só podia dar nisso: Agora é viver sem achar graça, num lugar onde não me realizo profissionalmente e esperar os dias passarem como o folhear de páginas de um romance previsível demais.

sábado, 2 de julho de 2011

Se liga...


Dia desses, conversando com minha mãe sobre um lance de energia que eu sinto, defino assim, e que é bastante determinante para definir o que o outro significa para mim, me lembrei de que li o livro "Se Ligue em Você" - Gasparetto e que falava algo sobre isso, sobre essa energia.
É um livro infantil, mas quando conheci já tinha 24 anos de idade e de certa forma veio de encontro com o que a vida me ensinara até então.

Segue um trecho, disponível na internet.

"Existe uma luzinha no seu peito que os olhos não vêem. Mas, quando ela está acesa, faz os sentimentos bons aparecerem.
Quando está acesa e brilhante, ela sai pela boca, fazendo-nos sorrir. Ela também sai pelos olhos,
fazendo-os brilhar.
Ela sai pelo peito, fazendo-nos amar, e pelos braços, fazendo-nos abraçar.
Sai também pelas mãos, fazendo-nos caprichar em tudo.
Sai, finalmente, pelo corpo inteiro, fazendo-nos dançar.
NÓS SÓ SOMOS FELIZES QUANDO ELA ESTÁ ACESA!
Ela se acende quando você pensa positivo. E você pensa positivo quando ela se acende. Ela brilha
quando você faz carinho nas plantas, nos animais e nas pessoas. Também quando sua mãe lhe dá um
presente ou quando você come um doce gostoso.
Ela brilha mais ainda quando você dá um pedaço do seu doce para seu amigo.
Mas, muitas vezes nós deixamos nossa luzinha se apagar.
Quando ela se apaga, você sente medo.
O medo aparece quando você pensa que uma coisa ruim pode acontecer com você ou com alguém de
quem você gosta.
Quando você tem coragem, a luzinha volta a se acender.
Coragem é o nome do sentimento que acontece quando você acredita que só coisas boas podem ocorrer com você e com os outros."

O livro fala de muitos sentimentos, para quem está tentando entender alguns. Vale a leitura.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Resumo da Ópera


Domingo (26) fui até São Paulo. O destino final foi o teatro Oficina para ver e ouvir  Cortinas Lyricas com o recital "Alma del Core" onde conheci pessoalmente a Cathy. 
Bom, vamos por partes: Acordei bem cedo e antes das 9 horas já estava lá na tradicional feira do bairro da Liberdade. Nesta feira vi algo que pode ser pior do que as já conhecidas testemunhas de jeová, são as testemunhas de jeová em japonês que querem nos empurrar as suas revistinhas, mas mal entendemos o que querem nos dizer e são muito insistentes. Fora isso, tudo muito interessante.
Eu  estava lá na hora em que planejei. Enquanto aguardava do lado de fora, observei dois estudantes de qualquer coisa relacionada à música que faziam anotações em apostilas do curso que frequentam e trocavam ideias entusiasmados, pois aguardavam tb para o recital. Um dos rapazes copiava uma partitura, fazendo bolinhas e perninhas desesperadamente, seria aquilo chamado de cifras... (ou não!) Naquele momento pensava quanta coisa que eu não sabia e não sei... de música eu só sei o que sinto quando ouço e mais nada. Sei dizer o que gosto e o que não gosto, mas sou praticamente uma analfabeta musical.
Observei também uma senhora que usava um óculos como o de Robin Williams em "Uma Babá Quase Perfeita" e que é toda prosa, me falou inclusive que nasceu em São Paulo e que depois dali gostaria de dar uma passadinha na Parada Gay. Eu, pra variar, só ouço. Pensei como seria se eu tivesse nascido também naquela cidade. Pensei como serei quando estiver com aquela idade. Pensei tantas coisas, e pensei por fim algo assim: Cara, olha eu aqui. Abelhuda. Isso mesmo. Que bom que eu vim, daqui a pouco vou ver a Cathy, uma pessoa que até agora só vi pela internet, mas cujos caracteres me mostraram uma pessoa super admirável. Sua musicalidade é seu talento.
Entrei logo para sentar na primeira fila. O recital foi maravilhoso. Todas as quatro cantoras fizeram ótimas apresentações. Ao final pude cumprimentar a Cathy, ganhei uma rosa e me senti muito feliz.
Resumo da ópera: Que bom que a vida tem dessas coisas! 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Conversa de ponto de ônibus





Vou me aproximando do ponto de ônibus e uma senhora já começa a puxar conversa. Adoro conversas de ponto de ônibus e qualquer outra então estou super receptiva. 
Eu tinha acabado de fazer compras no supermercado e carregava tudo na minha sacola ecológica, talvez por isso a senhora me pergunta:
- Você é casada? 
-Não. respondi.
- Mas vai se casar? Pretende? retornou.
Rapidamente pensei o por que de aquela senhora que nunca vi antes queria saber da minha vida e mesmo sem saber deixei a conversa fluir na esperança de que meu ônibus chegasse logo.
- Não pretendo me casar. Estou bem assim. Solteira.
- Você tem filhos?
- Não tenho. 
E um grande interrogatório se seguiu. Fica até chato transcrevê-lo. Em certo ponto, já um pouco irritada com perguntas comecei a discursar:
- Olha, casar eu não vou mas isso não quer dizer que não dê uns beijos na boca porque isso é bom e necessário. O que vai fazer uma pessoa na vida se não casar e não beijar na boca?
A senhora questiona: Mas e depois como vai ficar com Deus? 
- Olha, pretendo explicar. E sei que ele vai entender. Ele vê este mundo que deixou para nós como está. Vou me casar com quem? Eu não vou botar filho no mundo, não matei, não roubei, até uso sacola ecológica... mas beijo na boca e acho que não tem nada demais.
Para minha paz, a senhora entendeu e parou de me fazer perguntas e em seguida me deu um número de telefone onde posso ouvir mensagens religiosas. Repetiu umas 10 vezes que gostaria que eu ligasse lá, ouvisse a mensagem e em seguida ligasse para ela, para conversarmos sobre a mensagem.
Não fiz isso porque tive receio daquela senhora ter bina e daqui a pouco ficar me ligando diariamente para me fazer perguntas, afinal ela é tão boa entrevistadora quanto a Gabi.
Falamos de casamento, filhos, igreja. Falamos também de emprego, do mundo, e de mais outros tantos assuntos. O ônibus demorou tanto, mas apareceu e então fui embora.

sábado, 11 de junho de 2011

Arrumar trabalho dá trabalho.

Sempre escrevi. Antigamente eram diários, pilhas de diários. Tenho duas necessidades: Uma é a de me sentir íntima das palavras e a outra de desabafar, registrar, ler e reler, pois assim posso até descobrir que estava errada em relação a algum dos meus achismos. Essa introdução toda para falar que fui chamada para nova entrevista naquele emprego em Santo André. Óbvio que se enviei meu CV e fui até lá é porque queria muito o trabalho, mas o salário oferecido não me permite morar lá, investir na profissão e viver dignamente: fixo de 800 reais e uma comissão que gira em torno de 400 reais. Será que estou equivocada e isso é realmente um montante considerável? 
Confesso que fiquei tentada a aceitar. Alugar um apartamento na cidade, mobiliar. Pensei também que duas vezes por mês poderia viajar para o interior ver meus pais, e alguma vez adicional caso precisassem de mim. 
Com esse valor é também possível me vestir com roupas boas, nem estou falando de grife, porque não fui criada vestindo etiquetas caras e famosas. Nem faço questão.
Mentalmente já vi que vacilei ao recusar. Era uma proposta irrecusável. Já poderia até me programar pois com uma economia mensal poderia ter férias em algum país bam-bam-bam dos vinhos. 

Brincadeiras à parte, não dava mesmo. Uma pena que uma empresa como esta não me ofereceu condições de trabalho. Aparentemente é uma empresa interessante. A vida continua e a minha busca também.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

... vida que segue

Fui fazer uma entrevista de emprego em Santo André, num lugar que imaginava ser bom para trabalhar. Minha mãe me acompanhou pois aproveitamos para visitar um tio que mora lá e não víamos há muitos anos, desde muito antes de ter ido morar na Bahia. Até chegar na casa dele teve muita aventura, pois para quem não sabe eu tenho um trauma de metrô desde quando tinha 11 anos e fui à São Paulo. Naquela ocasião a experiência foi terrível em vários aspectos, uma delas que eu não portava meus documentos e tive de passar por entrevista com juizado de menores e outra que por muito pouco não vou dentro do metrô sozinha e minha mãe com meu primo ficam do lado de fora, numa estação qualquer que não me lembro agora, e para minha tristeza tive que encarar o metrô que continua desconfortável, lotado e até assustador como sempre achei, mas o importante é que consegui encarar e enfrentar um medo que não sei dimensionar, mas fiz algo que evitei por muito tempo e que de certa forma faz parte da vida de quem se desloca de vez em quando. 
Chegando na casa de meu tio, uma casa bonita e acolhedora, a sensação é de que estive lá há pouco tempo, mas na verdade fazia algo em torno de 8 anos que eu não o via e dá para contar nos dedos as vezes que fui visitá-lo. É um grande cara, não nos vemos somente pela distância e por costumes  que talvez sejam atribuídos a diferenças de que a vida em cidades tão diferentes podem proporcionar, mas sempre que nos vimos foram situações e momentos bons, tenho muito carinho por ele e todos os seus.
E desta visita breve, partimos para a minha entrevista de emprego. Fui carregada de esperança, pois tenho qualificação para a vaga, tudo certo pra dar certo e eis que o salário oferecido não me permite trabalhar, pois não me assegura o mínimo necessário para viver em outra cidade. Falando assim, alguém pode pensar que eu preciso muito dinheiro, mas é que não consigo viver com 900,00 tendo que me garantir moradia, alimentação, vestuário, cursos, e uma visita à casa dos meus pais uma vez por mês. Matematicamente fica impossível.  A que ponto cheguei? Encontro a vaga de emprego mas o salário não me permite trabalhar. Nunca antes estive nesse impasse, que não é um impasse pois não há dúvidas, os números falam por si. 
No entanto, posso registrar que foi a entrevista mais bem feita que já fiz na vida e a certa altura o que tive foi um empregador que não conseguiu segurar o choro, pois está emocionalmente destruído com a perda de um filho há oito dias num acidente. Cortou meu coração. Vi a foto do moço num celular: Bonito demais e a perda de uma pessoa querida é a dor incurável, é quando morremos também um pouco. Tentei deixar-lhe palavras de encorajamento, apesar de que palavra nenhuma vai diminuir a tristeza que está sentindo, e desejei que a família encontre forças para continuar a viver.
Muito provavelmente a proposta salarial não vai me permitir conquistar um emprego, mas enfim, terei lembranças de fatos para refletir sobre a existência por toda esta semana.

sábado, 28 de maio de 2011

Diga-me que música ouves...

Fui caminhar com a Luana. Essas manhãs frias não favorecem mas meu médico quando me vê, antes mesmo de cumprimentar me pergunta se estou fazendo caminhada, então deve ser mesmo necessário.
Confesso que está cada dia mais complicado sair de casa a pé, pois os perigos da rua são muitos. Consigo ver um tempo em que será distante a lembrança de quando, com 7 anos eu ia para a escola sozinha, pois as crianças não saberão o que é isso. 
Mas voltando à caminhada de hoje, logo uma quadra adiante vi um homem muito esquisito que me encarou e que observava atentamente as casas através de suas grades abertas. Luana me dá certo apoio nessas caminhadas porque ela não permite que pessoas estranhas se aproximem de mim.
E seguimos até o parque. Lá embaixo caminhávamos tranquilamente na medida do que é possível ser tranquilo hoje em dia quando ouço uma música vinda de um celular atrás de mim:
"Ah, meu Deus do céu, como é bom ser traficante. Ah, meu Deus do céu, como é bom ser assaltante!"
Gelei. Nem precisava dizer, não é? Olhei para trás, vi um moleque do meu tamanho mas menor de idade, com certeza. Também este ser estranho não mexeu comigo, mas eu já sabia muito a seu respeito. Sentou-se num banco um pouco mais distante dali enquanto continuei meu caminho de volta.
Imediatamente, eu que estava com outra música na cabeça, guardei aqueles versos e vim aqui no mr. Google pesquisar. Não vou compartilhar esse vídeo com vocês porque não tem muito a ver comigo e não quero isso no meu blog, mas a partir de então comecei uma reflexão sobre a vida, mais precisamente sobre o meu e o nosso futuro próximo. Como diria o Datena - "o bem ainda é maioria", mas até quando? Existe aí, um lado obscuro da sociedade, que cresce às margens e que não dá mais pra fingir que não existe. São pessoas em sua essência cruéis, que não tem nada a perder porque para estes a vida não representa nada.
Cada um, à sua maneira, desenvolve uma forma de viver e se proteger. Aqui mesmo, um bairro simples conta com vigilantes particulares, o que torna o bairro um pouco mais tranquilo mas não isento de furtos e roubos.
O Brasil é um país muito extenso em dimensões territoriais. Acredito que só vai ficar um pouco melhor no dia em que for dividido em dois ou três, porque no geral o governo parece muito aquele casal que divide a cama com cobertor de solteiro, então cobre um e descobre o outro a noite inteira e assim sendo, não dá conta de dar escola, segurança e saúde para a população, aquilo que é considerado essencial, sem falar na infra-estrutura e transporte.
Neste país, as poucas oportunidades para pessoas como eu, são arrancadas da vida à fórceps. Nada é fácil e tudo requer esforço e dedicação, sapiência eu diria. Não consigo imaginar como manter otimista uma pessoa que não se alimenta, não mora e não estuda adequadamente. Onde podem essas pessoas buscarem suas oportunidades? Me diz porque eu não sei. Então é assim, e a desigualdade é gritante, mas quem já tentou ajudar sabe como é difícil ajudar essas pessoas sem perspectivas e como é difícil fazer com que mudem de opinião perante a vida. 
Mas enfim, eu só quis compartilhar que, embora estejam fazendo na cidade um propaganda de baixa criminalidade, a verdade está na rua, em frente a nossa casa. Acredite você no que quiser, a sensação é horrível. Salve-se quem puder.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Este é meu!


 Acabei de receber este CD da Cathy, que já mencionei aqui no meu blog, pois tive o prazer de conhecê-la pela internet, ainda não pessoalmente, mas no que depender de mim isso acontecerá em breve. 
O que pude conhecer até então é uma mulher bonita, inteligente, atenciosa, sensível, alto astral contagiante e super talentosa.
Este CD apresenta 12 faixas, onde quatro músicas são de sua autoria e vc pode conhecer clicando nos respectivos titulos:

Real Love

do CD -  Phoenix - Cathy Justus Fischer














Nas fotos acima, a dedicatória a minha pessoa que me deixou muito feliz (à esquerda) e uma outra foto que achei mto linda (à direita).


 Uma das faixas tem a participação de Roberto Justus, que aliás canta e encanta com aquela belezura toda.
O CD foi produzido por Afonso Nigro (aquele fofo ex-dominó "Companheiro, companheiro vem...") que participa da gravação de uma das faixas. E se vc não tem o CD que pena, porque as demais faixas são também belíssimas. 

OBS: Dica - Vc pode imprimir essa foto da direita, levar para a sua cabelereira e pedir para ela esse corte de cabelo que está um arraso!

domingo, 8 de maio de 2011

Happy Mother's Day


Desejo não só hoje, mas todos os dias felizes para minha querida mamãe. Sua tarefa não é fácil, tem de me aguentar todos os dias e estar do meu lado quando preciso e sempre preciso.
Parece simples mas não é. Uma relação é difícil, até mesmo porque costumamos falar o que pensamos, mas enfim é o que temos aconteça o que acontecer: uma à outra! Sempre e sempre assim, estou para vc sempre que precisar assim como sempre cuida de mim. Trata-se do relacionamento mais duradouro, verdadeiro que existe... pois vc é a pessoa mais importante do mundo para mim! E assim deveriam ser tratadas e consideradas todas as mães. E assim deveria ser para que as pessoas tivessem um mundo melhor, pois as mães são os mundos para seus filhos!

sábado, 7 de maio de 2011

Tricotando



E não é que quis o destino que minha mãe ganhasse uma máquina de tricô? Presente de uma amiga, nos trouxe as lembranças de mais de 20 anos quando tínhamos duas máquinas destas e fazíamos (ela e eu) peças de tricô sob encomenda.
Nossas vidas dão muitas voltas e cá estamos nós de novo combinando cores, tecendo meias, cachecóis e blusas de lã.
Eu até gosto de fazer tricô assim, mas não como trabalho diário e sim como hobby, mas trabalho diário eu não tenho, pois quis também o destino que eu estivesse aqui de volta pra casa numa cidade onde não empregam sommeliers. Não adianta querer muito uma coisa que não existe, não é mesmo?
Estou triste. Batalhei tanto, saí de casa e fui buscar algo de que gostasse e encontrei. Experimentei uma vida legal com a qual me identifiquei e no entanto voltei pra casa. Posso dizer que moro onde temos uma melhor assistência médica, mas fora as consultas médicas todo o resto é bem morno, bem diferente da vida que eu quero de novo pra mim. Não faço a mínima ideia de onde essa história vai parar. Os pés estão quentinhos agora, com meias de lã.

domingo, 1 de maio de 2011

Filosofia de varal.



Muita coisa nessa vida é como um varal... O varal da nossa casa geralmente fica num lugar escondido porque é feio, mas em fotos ficam bem, são até poéticos. Fotografia de varal me fascina.
Então, certas características nossas são assim como o varal da nossa casa e ficam escondidas... poderiam vir a ser belas fotografias, uma bela parte de nós se nos deixássemos conhecer.
Na maioria das vezes, não nos expomos temendo a rejeição... preferimos correr o risco de não conhecer pessoas, lugares, sensações por tamanho medo imaginário.
E é pensando assim que tenho dado a cara a tapa, ao menos uma vez. Pra que temer um "não" quando este vai nos deixar exatamente onde estamos?


sábado, 23 de abril de 2011

Amor, I S2 you.



Sou assim, dificilmente me apego mas quando isso acontece... você sabe que penso em você todos os dias e os dias que passamos juntos são os melhores.
E hoje, enquanto te esperava meu coração batia descompassado. Era a danada da ansiedade, da expectativa. 
Eu te amo muito, embora não se deva dizer isso é só o que eu tenho a dizer. E quando a gente ama, o objeto de nosso amor é o mais bonito, mais perfeito que tem no mundo... e você é tudo isso pra mim.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Palavras do dia

O que não te mata, te fortalece!



domingo, 17 de abril de 2011

Um texto que pode inspirar

Declaro-me Vivo!
Chamalú (Índio Quéchua)


 
Saboreio cada momento. Antigamente me preocupava quando os outros falavam mal de mim. Então fazia o que os outros queriam, e a minha consciência me censurava.
Entretanto, apesar do meu esforço para ser bem educado, alguém sempre me difamava. Como agradeço a essas pessoas, que me ensinaram que a vida é apenas um cenário! Desse momento em diante, atrevo-me a ser como sou.
A árvore anciã me ensinou que somos todos iguais. Sou guerreiro: a minha espada é o amor, o meu escudo é o humor, o meu espaço é a coerência, o meu texto é a liberdade.
Perdoem-me, se a minha felicidade é insuportável, mas não escolhi o bom senso comum. Prefiro a imaginação dos índios, que tem embutida a inocência.
É possível que tenhamos que ser apenas humanos. Sem Amor nada tem sentido, sem Amor estamos perdidos, sem Amor corremos de novo o risco de estarmos caminhando de costas para a luz. Por esta razão é muito importante que apenas o Amor inspire as nossas ações.
Anseio que descubras a mensagem por detrás das palavras; não sou um sábio, sou apenas um ser apaixonado pela vida.
A melhor forma de despertar é deixando de questionar se nossas ações incomodam aqueles que dormem ao nosso lado. A chegada não importa, o caminho e a meta são a mesma coisa. Não precisamos correr para algum lugar, apenas dar cada passo com plena consciência.
Quando somos maiores que aquilo que fazemos, nada pode nos desequilibrar. Porém, quando permitimos que as coisas sejam maiores do que nós, o nosso desequilíbrio está garantido. É possível que sejamos apenas água fluindo; o caminho terá que ser feito por nós.
Porém, não permitas que o leito escravize o rio, ou então, em vez de um caminho, terás um cárcere. Amo a minha loucura que me vacina contra a estupidez. Amo o amor que me imuniza contra a infelicidade que prolifera, infectando almas e atrofiando corações.
As pessoas estão tão acostumadas com a infelicidade, que a sensação de felicidade lhes parece estranha. As pessoas estão tão reprimidas, que a ternura espontânea as incomoda, e o amor lhes inspira desconfiança. A vida é um cântico à beleza, uma chamada à transparência.
Peço-lhes perdão, mas….   

 DECLARO-ME VIVO!






"O pensamento é o ensaio da ação". 
Sigmund Freud

Um pouco de nada que muda

Estou um pouco chateada, pois não gosto nada da minha atual situação. Sei que preciso mudar algumas coisas na minha vida, mas não estou sabendo como. Resultado: estou imóvel como uma casa mesmo!
Como cheguei a esta brilhante conclusão? - Tenho batido em porta errada! Ao menos um "não" por dia. O "não" não me intimida, pois como dizem os sábios, o "não" eu já tenho então saio em busca de um "sim" que um dia eu encontro. Óbvio que me chateio, penso em desistir, penso muitas outras coisas e é muito desgastante e no instante seguinte me animo porque é o mínimo que tenho que fazer por mim, ou a oportunidade quando bater vai me pegar doente e deprimida.
Voltando à porta errada, tenho buscado outras oportunidades de trabalho que não sommelière, pois estou numa cidade onde poucos sabem o que é isso e trata-se do trabalho que faço por prazer, paixão. Buscar outro trabalho chega a ser cômico, porque meu currículo é todo voltado ao vinho e quando estou em outras entrevistas me dá uma vontade de não ter ido, mas aí já estou lá. 
Vamos ver como esta história (ou esssa busca) vai terminar... Depois (um dia) conto pra vocês.

Acho que é bem assim que estou... A música me retrata bem. 




Music do dia - "Telegrama" Zeca Baleiro

Eu tava triste
Tristinho!
Mais sem graça
Que a top-model magrela
Na passarela
Eu tava só
Sozinho!
Mais solitário
Que um paulistano
Que um canastrão
Na hora que cai o pano
Tava mais bôbo
Que banda de rock
Que um palhaço
Do circo Vostok...


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Novo blog sem deixar este!!!

Aproveitando a fase em que a escritora está animada dentro de mim, resolvi começar um blog sobre vinhos. O Com Vinho.com (link aí ao lado) está no início e precisa de visitas e incentivo para continuar, se bem que já se originou depois de tanto os amigos virtuais me sugerirem que o fizesse. 
Mesmo avisando que este é meu blog pessoal, onde escrevo de forma livre sobre o que quiser, pois é onde treino a habilidade com as palavras para que não morra essa escritora cheia de ideias que me habita, depois da visita quase todos me cobram posts sobre vinho. Então é isso, o blog novo está aí para ser aproveitado, e degustado.

domingo, 10 de abril de 2011

Parque Ecológico





Uma linda manhã de sol. Coloquei aqui algumas fotos de um novo trecho do parque ecológico que conta até com pedalinhos.  É um parque agradável e o maior patrimônio da cidade (para compensar a falta que a praia faz!).
Não saiu na foto, mas temos também nesse trecho uma quadra de tênis e uma de futebol de areia. Vamos torcer para que as pessoas preservem esse lugar. 


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tragédia

Uma tragédia de enormes proporções causada por um psicótico atirador numa escola do Rio de Janeiro é o assunto do momento. Matou e feriu muitas crianças, na maioria meninas. É o primeiro caso no Brasil, mas temo que seja o primeiro de outros. 
Sinto tristeza ao pensar nas famílias das vítimas e acho que muito se tem que discutir sobre a sociedade brasileira, mas um ponto que me chama a atenção é o papel da mídia diante desse fato e de outros similares acontecidos nos EUA. 
A tv que pensa a cada minuto como prender a nossa antenção, sabe nos sensibilizar com tragédias coletivas. Esqueceram inclusive, neste acontecimento, de preservar nossas crianças (estas foram expostas incansavelmente).
O problema nesse momento é o fato de o psicótico atirador ganhar notoriedade e isso de repente tornar-se o sonho de outros tantos psicóticos que andam por aí, muitas vezes despercebidos. Mas toda vez que alguém tenta questionar o conteúdo televisivo, gritam que é censura. Tem coisas que não entendo.
Outro problema que tem que ser visto e revisto é o motivo ou conjunto de motivos que faz surgir uma boa parte da sociedade com transtornos mentais que, de acordo com especialistas, apesar da genética, o meio é o "gatilho". Qual é a política de saúde mental deste país, onde meu pai aguarda  há quase dois anos por uma cirurgia de catarata? 
Diante de algumas situações perco totalmente a esperança no país, sinto pena pois é um lindo país, com recursos e com gente de bem. 
E este é um post triste, torcendo para a esperança renascer em cada uma das famílias que foram dilaceradas com a tragédia da escola do Rio.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Acontece no twitter


O twitter é um meio muito bacana de interação, seja para fazer amigos virtuais, se divertir ou se informar, mas ao mesmo tempo é um lugar de super exposição e é preciso ter a mão (ou a medida) do que pode ou deve ser exposto ali. Não se pode errar, pois bem diz aquele provérbio que a palavra (seja escrita ou falada) é como uma flecha e uma vez lançada não tem volta.
Falando em relacionamento interpessoal, algumas conversas devem ocorrer pessoalmente, outras por emails, msn, telefone, e alguns papos menos pessoais ou mais genéricos podem ser via twitter. 
Acabo de presenciar um fato que originou este post. Sabe o que é uma pessoa viver anos em um sub-emprego e de repente ter a chance de sua vida? Vi isso acontecer, como vi também um comentário desta com o empregador que julgo muito desastroso e resultou num reply seco. 
Esse fato me fez pensar que: 1. colhemos o que plantamos. 2. Quem fala muito acaba falando o que não deve. 3. O silêncio é uma grande virtude.
Acredito que assuntos profissionais devam se restringir aos envolvidos apenas e que dependendo da relação existente esta possa desabar em questão de poucos caracteres.
É o que tem para agora...
 

sábado, 2 de abril de 2011

100 facts about me

1. Estou sozinha porém o coração não está vazio.
2. Eu amo vinhos e sou sommelière.
3. Amo a Bahia.
4. Na maior parte do tempo sou solitária, e minha jornada é solitária.
5. Meu biscoito preferido é Passatempo (chocolate alpino)
6. O que eu não gosto? Quiabo.
7. Adoro minhas cachorras e todos os cachorros fofos do mundo.
8. A ideia de viajar sempre me agrada, mesmo que raramente aconteça.
9. Tenho pânico e depressão. Tudo junto e misturado.
10. Não consigo citar apenas um filme como sendo o que mais gostei. 
11. Gosto de trabalhar desde que num lugar e com uma proposta em que acredite.
12. Sou transparente- isso é defeito e qualidade.
13. Já fiz um curso inteirinho e me arrependi depois.
14. Preciso de música para viver.
15. Tem músicas que me recuso a ouvir.
16. Sou pontual.
17. Em geral, prefiro os homens sexagenários como Harrison Ford.
18. Gosto mais de ouvir do que de falar.
19. Gosto mais de receber do que visitar.
20. Adoro chocolate (quase todos).
21. Acho que chic é ter educação.
22. Se educadamente vc não consegue algo, no grito fica ainda mais difícil.
23. Não gosto de fazer exercícios físicos.
24. Não uso salto alto.
25. Gosto de escrever.
26. Tento fazer com que as pessoas se sintam melhores comigo do que se eu não fizesse parte da vida delas.
27. Tenho lido menos livros do que gostaria.
28. Curto ir ao teatro, mesmo indo menos do que gostaria.
29. Posso dizer que tenho vivido menos do que gostaria.
30. Adoro mudar de casa, cidade, estado.
31. Meu sorvete preferido é o de pistache.
32. Não uso roupas de grife.
33. Queria ir a um show do Roberto Carlos.
34. Queria também ir a uma apresentação erudita da Cathy.
35. Me arrependo de algumas escolhas.
36. Não sou tão animada.
37. Sou viciada em reticências... 
38. Adoro listas. (mas esta é a maior que já fiz!)
39. O melhor ano da minha vida foi 2004.
40. 2004 não durou para sempre.
41. Sempre acho que estou atrapalhando.
42. Não preciso provar nada pra ninguém. (só pra mim mesma)
43. Gosto de servir.
44. Como carne só por obrigação, não é algo que goste.
45. Se não gosto, simplesmente me afasto.
46. Luto para manter perto tudo e todos que gosto.
47. Gosto de crianças mas hoje não tenho nem uma próxima.
48. Mudo de opinião sem problemas.
49. Defendo tudo aquilo em que acredito.
50. Deixo facilmente que você tenha razão, pois a verdade é sempre relativa. 
51. Você vive a sua verdade e eu vivo a minha.
52. As pessoas não mudam muito.
53. Não acendo fósforos.
54. Já fui tímida.
55. Não gosto de incenso.
56. Não sei inglês.
57. Devia ter estudado mais.
58. Às vezes fico perdida.
59. Já fui assaltada.
60. Nunca gostei de balada ou qualquer lugar com muita gente aglomerada.
61. Gosto de ir ao supermercado.
62. Algumas pessoas me aborrecem.
63. Desconfio que morrer não dói, viver dói muito e a gente suporta.
64. Não tenho medo de morrer, tenho mais medo de sofrer.
65. Me desagrada saber que um dia não estarei mais aqui. 
66. Não gosto de falar da vida dos outros.
67. Às vezes tenho a sensação de que estou fazendo tudo errado.
68. Medo de barata e outros bichinhos mais.
69. Tenho pavor de comer em self-service depois que todo mundo cuspiu no bandejão.
70. Não gosto de cometer erros de grafia.
71. Prefiro praia à montanha.
72. Não dispenso a montanha.
73. Gosto de conhecer lugares e pessoas.
74. Adoro conversas de fila.
75. Raramente coloco vestido.
76. Queria ter uma família enorme.
77. Não costumo pedir coisas pessoais emprestadas, pois também não gosto de emprestar.
78. Emprestar DVD's tudo bem.
79. Penso que não devemos fazer para os outros o que não gostaríamos que fizessem conosco.
80. Gosto de desenho animado.
81. A internet muitas vezes supre a necessidade de interação.
82. Gosto de joguinhos on line.
83. Queria ser um pouquinho do que é a minha mãe.
84. Gosto de paredes coloridas.
85. O que é importante muda de tempos em tempos.
86. O que fica é realmente importante.
87. Não ligo para perfumes, um cheirinho bom já serve, independente de marca.
88. Não gosto de remendos, seja em roupa, móvel ou parede.
89. Gosto de ganhar flores, mas elas acabam rápido e não permitem tanta interação.
90. A cor que mais gosto é azul.
91. Acho feio ter preconceito numa sociedade tão diversa.
92. Acho sábio aprender com os erros dos outros.
93. Acho digno não desistir dos sonhos.
94. Amigos de verdade são poucos.
95. Gosto de ser entendida pelo meu olhar.
96. Fico feliz quando alguém me dá o que eu quero sem que eu peça.
97. Na maior parte do tempo não sou feliz.
98. Está sempre faltando algo para essa tal felicidade.
99. Gostoso mesmo é fazer o bem sem esperar nada em troca.
100. Tomara que eu consiga ser importante para alguma pessoa neste planeta. (Não vale as minhas cachorras, porque pra elas já sou).

quinta-feira, 31 de março de 2011

Mais um dia no hospital...

E hoje retornamos ao hospital da Unicamp, papai e eu. Chegamos cedo e tivemos um bom tempo para observar pessoas chegando, indo e vindo, com as mais variadas doenças.
O objetivo de nossa ida foi levar os exames pré-operatórios, ter orientação quanto à cirurgia de catarata e marcar a data (daqui exatos 3 meses e meio), e como sempre digo, impossível não meditar sobre a vida naquele lugar.
Primeiro são os meninos e meninas jovens e determinados, futuros médicos. Depois, pessoas de todas as cidades vizinhas vindo com as mais sofridas doenças, histórias e alguma esperança.
Meus pensamentos vão muito longe. Me sinto impotente não podendo ajudar. Me sinto inútil... vem a culpa por não saber lidar com a minha vida que é relativamente mais fácil de conduzir do que tantas outras. 
Pessoas cujo corpo não permite total interação com o meio são as que mais me comovem, geralmente vítimas de paralísia cerebral, esclerose múltipla ou algo assim.
Vez por outra me contam suas histórias e gosto de ouvir histórias de vida de verdade.
Por hora é isso... preciso dormir.


quarta-feira, 30 de março de 2011

Talvez fechada pra balanço


Hoje estou mais triste do que o normal. Não tive mais nenhuma entrevista de emprego agendada.  Pela primeira vez na vida estou sem saber o que fazer com meus dias, minhas horas... está sobrando tempo, energia. Tenho colhido muitos "não". Uma vontade que tenho é de ir em busca do novo, como quando fui para a Bahia, queria ir para outro lugar, mas desta vez nem uma pista sequer de que lugar seria este que me reservaria melhores oportunidades. Reclamar pouco adianta. Correr atrás é o que tenho feito, o máximo que pode acontecer é um não e isso eu já tenho... ou seja, eu não tenho nada (a perder).
Estranho uma pessoa passar pela vida e não ter nada, não construir nada de significativo tendo esse propósito. É, tenho que dar o braço a torcer, a vida é um negócio muito complicado para mim. Faço tudo errado e permito que as pessoas me machuquem com atos ou palavras.
Só queria saber qual rumo dar a minha vida... só isso. 
Sou um tipo bem típico de pessoa que conhece muita gente e se sente sozinha na multidão. Sou um tipo que pede ajuda e coleciona "não". Tenho credibilidade, inteligência mediana e sou a pessoa mais comum que existe... não tenho nada de excepcional a oferecer. Devo mesmo me recolher a minha insignificância... 

terça-feira, 29 de março de 2011

O que é o amor?


 
Todos os dias eu penso em você, penso inclusive que não deveria pensar, pois deveria deixar o espaço livre. Ninguém consegue vaga num coração que está ocupado, onde você reina absoluto. Maravilhoso é o sentimento que tenho por vc, deve ser isso que chamam de amor, pois faz bem pra mim, por isso sinto e me sinto confortável até o momento em que a saudade me dá um beliscão, aí volto a pensar que esse espaço deveria estar livre e eu deveria me esquecer de como é o seu rosto e de como me encanta o seu sorriso.
Amor pode ter uma definição totalmente pessoal, assim como pouco e muito são relativos. Amor para acontecer ou ser reconhecido na diversidade de sentimentos precisa de permissão, do querer e é basicamente uma experiência que muitos correm o risco de não viver. 
Perda de tempo tentar definir, assim como é perda de tempo tentar encontrar os "porquês" que certas vidas se cruzam no mundo. 
Escrevo para você mesmo sabendo que nunca vai ler este post. Vc não é um cara conectado... acho que mal se lembra a senha do seu email. E eu adoro até isso em você. O amor faz a gente ficar boba... rsrs.


"O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada. O tempo apenas desloca o incurável do centro das atenções".
Martha Medeiros
 

segunda-feira, 28 de março de 2011

Um dia para meu clone


Aposto que já falaram pra você: Tem que estudar, se profissionalizar e estar em constante reciclagem. Pois, minha história com relação aos estudos a maioria já conhece e resolvi investir na profissão de sommelière porque é o que eu gosto de fazer, e acredito que trabalhar com gosto torna tudo melhor, mais fácil e mais prazeroso. Tive com os vinhos as melhores oportunidades da minha vida, e não estou falando financeiramente, mas em tantos aspectos que para mim são importantes: o apendizado foi tamanho... conheci um mundo que para mim, até então, não existia. Foi e é mágico. 
Mas, enfim, por razões alheias a minha vontade, voltei pra casa. Esta cidade nunca me ofereceu grandes oportunidades, sendo eu a aquariana típica, a "serzinha" que busca algo incomum quase como uma necessidade e agora não está sendo diferente.
Hoje tive duas entrevistas para emprego: a primeira foi uma tentativa de me enquadrar nos pré-requisitos  exigidos por uma franquia que está se instalando na cidade. Aliás, vai ser inaugurado o primeiro shopping de verdade e este está repleto de franquias. 
Nesta entrevista fui a primeira a chegar. Estava marcada para 8h da manhã e cheguei quinze minutos antes. Era 8:30 quando chegaram a dona da marca (franquia) e um homem e duas mulheres (franqueados)  e me chamaram para uma sala minúscula. Pediram que eu falasse sobre minhas experiências com atendimento e falei. Perguntaram se tenho marido ou filho e em seguida me pediram que aguardasse na recepção que fariam mais algumas entrevistas. 
À medida que as entrevistadas saíam da sala, começava um burburinho sobre a oferta salarial: a bagatela de 565 reais para todas as funções disponíveis. Logo em seguida, todas foram deixando a sala. Fiquei ali assistindo a tv que estava na Record e pensando na vida. Uma das senhoras me disse que se decidissem por mim me ligariam. Acenei e fui embora torcendo para que não me liguem nunca mais. 
Se algo me consola é que aquelas senhoras não tiveram a coragem de me dizer o quanto pagarão para as futuras escravas, ainda bem que sentiram vergonha porque é vergonhoso.
Aí vem a segunda parte. Almoço e nova entrevista. Dessa vez meu alvo não era uma franquia qualquer, era uma loja de vinhos. Um amigo me passou as coordenadas, e parti para mais uma tentativa. Torci muito pra dar certo porque realmente me sinto muito bem entre as garrafas, mas a vaga era para vendedor externo e essa não é a minha praia. Senti que acima de tudo eles queriam saber quem eu era, pois já ouviram falar de mim algumas vezes. Apresentações feitas e nem um acordo. A vida é assim, um conjunto de tentativas frustradas e um ou outro acerto pra consolar.

Sempre penso que tenho duas escolhas: persistir ou desistir. Sempre escolho a primeira mas sei que tenho também a segunda como opção.
Um dia chato e improdutivo. Ah, como eu queria ter um clone para mandar no meu lugar.

domingo, 27 de março de 2011

Descobri a GNT

Acho que cresci. Há uns tempos, quando tinha alguns canais de tv por assinatura, passava horas vendo Cartoon Network e hoje meus preferidos são GNT e GloboNews. A GNT vai sair da minha grade, está só temporariamente para me envolver e seduzir.
Tenho visto alguns programas da Oprah Winfrey e adoro o conteúdo das entrevistas, obviamente fruto da entrevistadora e do entrevistado (fato raro de ser em emissoras de nosso país).
Ontem vi pela primeira vez o "Saia Justa". Estava cansada e sem óculos, portanto só reconheci o Léo Jaime e sei que a moça de cabelos pretos é a Mônica Waldvogel. A loira e a de cabelos vermelhos não faço ideia de quem sejam. O papo flui e consegue ser interessante. É como nossas conversas informais e se aproveita alguma coisa.
Um dos assuntos que veio a tona foi o fato de as pessoas não saberem lidar com pessoas em depressão. Isso é fatão: Observo que quando falo sobre isso, as pessoas botam logo um ponto final que acredito seja por não saberem ao certo no que consiste ou como lidar e isso chega a ser engraçado não fosse este o comportamento avesso ao que esperávamos.
Voltando aos programas de tv, a GNT também apresenta um programinha lá que fala sobre reeducação alimentar e eu achei fantástico. Pediram para uma mulher dizer exatamente o que ela come por dia, multiplicaram por sete e montaram uma mesa com TUDO o que ela come durante uma semana. A mesa era horrível, me embrulha o estômago só de lembrar: eram hambúrgueres, pão, muita massa, e nenhuma fruta. Duas pets de refrigerante por dia! Mulher louca! O programa termina com a mulher prometendo seguir a dieta saudável recomendada. Torço por isso.
É bem verdade que demorei a descobrir o prazer da banda larga e desses canais de tv, mas só agora chegaram aqui no bairro onde moro e felizmente num preço que posso pagar. Pensando bem, nem saneamento básico está acessível a todos os brasileiros, o que dirá a tecnologia que evolui a passos largos? Vivemos sem todas essas coisas, mas a vida fica bem mais engraçadinha com computador, celular, tv a cabo, etc e etc... , né não?

sábado, 26 de março de 2011

#REAL LOVE


Buenas. Pois então, música para os nossos dias porque assim a vida fica mais fácil...

terça-feira, 22 de março de 2011

A receita mais pedida


 
Bomboloni de leite maltado

Ingredientes
20g de fermento biológico
1/4 de xícara de água fria
3 e 1/2 xícara de farinha de trigo
4 ovos grandes
1/3 de xícara de açúcar
9g de sal
3/4 + 2 colheres de sopa de manteiga

leite maltado
180mL de doce de leite pastoso
60mL de creme de leite azedo

Preparo

> Dissolva o fermento na água.
> Coloque  a farinha, os ovos, o açúcar e o sal na batedeira com a pá para amassar e bata na velocidade média, só até os ingredientes dispersarem (+-10 segundos).
> Adicione o fermento e bata por mais dois minutos, ou até que a massa esteja homogênea.
> Adicione a manteiga cortada em cubinhos e bata até que a massa desgrude das laterais da tigela, de 5 a 7 minutos.
> Se a massa estiver muito molhada, adicione um pouco mais de farinha de trigo. É importante passar a espátula nas bordas para ajudar a massa a formar uma bola.
> Retire a pá, cubra com filme plástico e deixe a massa fermentar em temperatura ambiente por mais ou menos 20 minutos.
> Retire a massa da tigela e amasse para remover o ar.
> Estique a massa com as pontas dos dedos em uma superfície ligeiramente enfarinhada.
> Cubra com filme plástico e deixe descansar na geladeira por pelo menos 2 horas.
> Retire da geladeira e coloque numa superfície enfarinhada.
> Abaixe a massa com ajuda dos dedos.
> Corte a massa em pequenos círculos com um molde.
> Cubra um pano com farinha e coloque a massa cortada por cima.
> Cubra com o plástico e deixe descansar por mais 2 horas ou até dobrar de volume.
> Frite em óleo, nem muito quente, nem muito frio, aproximadamente 80º, até ficar dourado por fora e cozido por dentro.
> Passe no açúcar refinado enquanto ainda estiver quente.
> Corte imediatamente com a ajuda de um molde vazado um pedaço no meio do bomboloni.
> Retire o pedaço e complete com o leite maltado gelado.
> Sirva enquanto o bomboloni ainda estiver quente para criar um constraste de temperatura entre os dois.

*Leite maltado - misture o doce de leite e o creme de leite azedo. Reserve refrigerado.

Filme

Confesso que demorei a ver "Cisne Negro" porque sabia tratar-se da história de uma bailarina e este não é um assunto que eu busque com frequência, mas uma vez que assisti ao "Discurso do Rei" (ganhador da estatueta) quis conferir seu concorrente mais famoso.
Para minha surpresa, se eu votasse, "Cisne Negro" teria meu voto de melhor filme. Trata da obsessão humana, da busca desenfreada por uma perfeição imaginária e talvez inexistente que acomete muitos de nós em diferentes intensidades. Nina, a bailarina, deixa que sua obsessão sufoque a arte quando na verdade os expectadores de ballet se encantam com a arte tão somente. Com esse filme, elaborei um breve questionamento: Pessoas não têm a medida exata do quanto podem COBRAR do outro e nem de si mesmas, mas estão beirando o aceitável (e saudável) e será que se dão conta disso? - Vale mais a pena se encantar por gestos, pelo simples e ainda e sempre  pelo belo...  Não é o mesmo que satisfazer-se com pouco, com o conformismo... mas aprender a usar a melhor medida das coisas.

sábado, 19 de março de 2011

Filme

"Sob o Sol da Toscana" é um filme de 2003 se não me engano, e há tempos queria assistí-lo por se tratar da Toscana - uma região vinícola em potencial além de simpática e acolhedora.
Justamente agora que assisti me pareceu um antecessor de "Comer, Rezar, Amar" com fotografia mais caprichada e diálogos mais consistentes. Ambos focam a vida de escritoras no momento do fim de um relacionamento, buscando mais ou menos as mesmas coisas. Foi impossível não traçar qualquer comparativo e dentre os dois este me agradou ainda mais.

sexta-feira, 18 de março de 2011

"TV MANIAC" by Cathy J. Fischer

I am an orphan of your attention, 
Eu sou um órfão da sua atenção
I´ll make you give up this obsession, 
Eu vou fazer vc desistir dessa obsessão
and make you look at my direction. 
e fazer olhar em minha direção.
In the mornings
Nas manhãs
when I wake up, I look at you and what do I see? 
quando acordo, olho para você e o que vejo?
You watching TV, 
Você assistindo TV,
and forgeting me, forgeting me.....
e se lembrando de mim, me esquecendo .....
Watching TV...........
Assistindo TV...........
In the evening, when I get home, 
À noite, quando chego em casa,
again I have babble box at me,
outra vez tenho uma caixa falando comigo,
you watching TV and not seeing me, 
você está assistindo TV e não me vê,
not seeing me! 
e não me vê!
Now I know
Agora eu sei
how to have your attention, 
como ter sua atenção,
making me part of this obsession, 
fazendo-me parte dessa obsessão,
and make you look at my direction,
e fazer você olhar em minha direção,
Watching TV,
Assistindo TV
You watching TV
Você assistindo TV
You can keep up with your mania,
Você pode ter sua mania,
I found for us what is best to do... 
Encontrei para nós o que é melhor para fazer...
YOU watching TV,
VOCÊ assistindo TV,
FACE to FACE with me cause I became,
Face a face comigo porque eu me tornei
A TV STAR..... A TV STAR.... A TV STAR! 
Uma estrela de TV ..... Uma estrela de TV .... Uma estrela de TV!