quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

E quem entende?

Vamos lá... eu e eu mesma refletindo sobre o que passou por mim e pela minha cabeça durante esse início de ano.
Não gosto de quem prefere ficar na posição de vítima, logo, não é esse o meu papel. Sou uma pessoa que erra, acerta e tenta ser alguém melhor a cada dia, mas como parte disso tento entender o mundo em que eu vivo ( referindo-me às pessoas que me cercam) e que eventualmente me dão um nó no cérebro.
Minha família é bem compacta: mamãe, papai e eu. Nós nos amamos e vivemos bem, no entanto nossa relação já foi bem complicada e o passado martela de vez em quando, mesmo que para ser analisado e entendido. E vez por outra algum primo ou tio manda notícias. Noto que nunca são notícias boas e que a cada reencontro a família fica menor. O fato é que está minguando e eu que sempre me senti sozinha, agora não vejo mais como um "sentir". Estamos, de fato, sozinhos. 
Há muito, soube que pertencer à família que pertenço é meu grande desafio, pois nunca houve dúvidas de que nos amamos, mas nossa convivência sempre foi difícil. E beirando os 40 anos, queria acreditar que isso tudo é passado. Falando de nós três, cada um encontrou um jeito, o seu jeito de conviver com os outros dois... nada mais do que isso. E é mais forte do que eu...  me chateio. O que não tem remédio, remediado está. 
Sinto-me cansada, triste... mas óbvio que ninguém aguenta alguém cansado e triste, então nada de dizer que estou cansada e triste... Desde sempre parece que é assim que queriam que eu me sentisse, é assim que me sinto. Acho que perdi mais uma batalha. Acho que não vou chegar lá... lá num dia em que o  que eu sinto não me destrua por dentro. Mas não é nada de diferente do que eu sempre fui e senti... está tudo igual. Não tem com que se preocupar... afinal eu devo ter encontrado um jeito de ir levando...