quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Brasil - Um país de carentes

Enquanto caminhava hoje pela manhã, pensei algo assim: 
- Quando foi a primeira vez em que analisei o comportamento de alguém e fiz minhas inferências e estas me ajudaram a conhecer melhor, tanto o ser quanto a mim? 
Não sei exatamente, mas é uma mania que tenho: observar o comportamento humano. Assim costumo passar horas, chega a ser divertido. 
Bom, mas nesse pensamento matinal de hoje, segui mais ou menos nessa direção: Certas coisas podem nos chocar num primeiro momento... mas são tantos os aspectos a considerar. 
Quando, lá nos anos 90, apareceu uma mocinha rebolando na boca da garrafa eu não entendia como alguém poderia gostar daquilo...Eu  não conseguia gostar e nunca consegui, mas tanta gente gostava. 
Tudo ficou muito claro para mim no dia em que fui assistir a um programa de auditório. Era o programa da Hebe e a mocinha estava lá. Durante os intervalos ela chegava até a plateia, abraçava fãs, tirava fotos com eles. E carinhosamente distribuiu para todos um postal com sua foto e uma mensagem fofinha. 
Muito tempo passou e o que parecia não poder piorar, piorou. Está na moda um tipo de música com linguagem de presidiário, ou na melhor das hipóteses, um som medonho que não diz nada com nada repetidas vezes. O motivo de esses seres terem seguidores ou fãs? Identificação, proximidade, carinho... 
Parece que as pessoas (e eu não me excluo aqui) são sedentas por  reconhecimento e quando digo ísso, não é o reconhecimento de algo que se fez, nada disso... simplesmente a menção de que ela existe. As pessoas querem ter a certeza de que existem neste país onde não está fácil de se ter modelos. 
Ter modelos? Quando digo isso, não estou dizendo que beirando os 40 anos eu precise copiar alguém. Já aprendi o que é certo e o que é errado. Preciso ver que não estou sozinha e que minhas crenças não estão equivocadas. Preciso sim acreditar que não estou vivendo em vão e que tudo o que eu sonho e tudo que quero ser ainda faz algum sentido, afinal tanta coisa mudou em tão pouco tempo que é bom se situar no mundo!
 As mudanças parecem nos testar o tempo todo. As pessoas não tem mais tempo para quem amam e nem para si mesmas e estão cada vez mais carentes, mais perdidas. Isso me fez lembrar de uma amiga de mamãe que encontramos outro dia. Morávamos no mesmo bairro, mas ambas mudamos. 
No meio da conversa, minha mãe disse algo como:
- Era tão bom aquele tempo. - se referindo a um tempo onde os vizinhos eram a nossa grande família, fazíamos passeios, picnics, e estávamos inteirados uns das vidas dos outros e tínhamos tempo para os outros e também para não fazer absolutamente nada.
E então ela disse:
-Foi tão bom, é verdade, mas as coisas mudam. Não dá pra ficar fazendo a mesma coisa a vida inteira, tem que acompanhar as mudanças. Se hoje cada vizinho fica trancado em casa, a gente fica também. Eu nem conheço meus vizinhos. - e riu...
Eu também não conheço todos meus vizinhos. De nome e amizade conheço apenas três. E vamos no fluxo...

Penso que essa necessidade de reconhecimento  explique o crescimento das mais variadas seitas ou religiões, ou ainda igrejas que mais parecem empresas que beneficiam e enriquecem seus pastores.
Segui caminhando e pensando... Cada um, que seguia para algum lugar, e que por mim passou, seguia em sua busca diária... Ninguém tem o direito de julgar ou destruir o mundo que o outro criou. Cada um é único, cada história tem sua beleza. Tantas pessoas... todas aquelas que não fazem mal ao seu semelhante, que não roubam ou matam merecem ser respeitadas...
E hoje é isso...

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

"A única droga que eu uso é a minha vida..."

Olhando atualizações de amigos, encontrei a frase inserida no título desse post. 
- Poxa, queria ter escrito isso, mas não fui eu!!! Mas se encaixa perfeitamente em mim. 
Bom, mas vamos lá... deixa eu falar um pouco sobre a droga da minha vida!
No mês passado fez dois anos que estou trabalhando no mesmo lugar. Tenho construído uma história bacana, profissionalmente falando. (Olha aí, quanto progresso! A minha droga de vida tem alguns aspectos positivos, posso citar até mais de um!)
Mas por que então me referir a minha querida e única vida dessa forma?
Porque é quando as coisas não saem como o esperado, quando tenho que me render e admitir que não estou no controle de tudo é que me sinto sozinha... como um soldado sozinho em meio a guerra tendo que defender sua própria vida e também a vida de uma nação... não que eu tenha essa importância toda, mas é meio assim que me sinto. 
E por quê? Essa é a pergunta que eu mais queria responder.
Talvez com a intenção de que eu não me pergunte o porque da vida eu tenha que tomar um comprimidinho todos os dias. Acontece que esse ano eu percebi que meu humor e minhas forças estavam oscilando muito e essa oscilação me obrigava a tomar um calmante para dormir, além da paroxetina. 
Por esse motivo, fui ao médico e fiz um check up. Resumo da ópera: comecei a tomar também metformina e espironolactona sem ter diabetes e pressão alta, respectivamente e estes medicamentos contribuíram para que eu encontrasse novamente o equilíbrio... As caixinhas de remédios só aumentam por aqui. 
E, eu consigo ver os aspectos positivos dos meus dias, mas não consigo retirar os remédios... Isso não é um problema já na fase da aceitação mas não sem questionar, sem pensar a respeito.
Se pudesse escolher, seria uma pessoa feliz. Tenho uma vida tranquila e confortável para isso, mas o que eu mais tenho é uma confusão mental, onde me perco e nunca mais me acho! (todos os dias)
Bom, esse post foi só para atualizar vocês, pois conto mais de 11 mil visitas... é um número considerável para mim que resolvi sumir daqui... O motivo? Estou escrevendo um livro... isso mesmo!  O tempo que tenho para escrever, escrevo meu livro que até tinha uma data para ficar pronto, mas não sei se vou cumprir. Gostaria muito, mas não sei. O que sei é que eu quero que ele cumpra o seu papel, que ele mostre a que veio (quando vir), enfim... mas isso é uma outra história... 
Apareci aqui para que não pensem que morri... não, ainda não... mas as coisas não mudaram muito. Mudaram... a vida sempre muda... isso vai ser outro post... por aqui é só. Bjs