domingo, 25 de março de 2012

Um balanço da semana

Muita coisa aconteceu e acontece. O meu tio mencionado no post anterior faleceu. A morte veio rápida.
Uma depressão fez com que ele deixasse de comer, ficou agressivo e deu muito trabalho para quem cuidou dele.
Eu, como também já disse, não participei da vida dele, e fico refletindo sobre as escolhas que fez, a principal delas foi: passar pela vida e não viver.
Minha tia ficou lá na casa, sozinha e hoje fui vê-la. Desde muito criancinha que eu não ia naquela casa e ela continua como era... só que detonada pelo tempo. Eles não tem geladeira... tem um fogão e uma televisão. Aí comecei a procurar tomadas na cozinha... não encontrei tomadas... não tem tomadas. Os móveis, se podemos chamar assim, são os mesmos de 30 ou 40 ou mais anos atrás e no cantinho de uma copa tem uma mesinha aos pedaços com um ferro de passar roupas de 60 anos ou mais que já estava lá quando eu ia lá... Tem três mesas... todas antigas com coisas empilhadas em cima... coisas das mais variadas.
E o mais incrível... tem um papagaio lá já com 40 anos e com a corda toda. 
Agora, sobre o velório, encontrei com pessoas que não via há muito tempo. Alguns eu não vi porque não foram.
Esse meu tio era um homem ruim, fechado, problemático em suas relações humanas e isso fez com que em seu velório pouco mais de meia dúzia aparecessem. Isso é o que eu chamo de relação plantar/colher.
Por algum motivo maior e que foge ao meu entendimento,  todos têm sua jornada, seus desafios e missões a cumprir... nem tudo é simplesmente o que é e talvez esse meu tio tivesse aqui seu desafio, suas provas... não deve ter sido fácil para ele e eu não quero em momento algum tecer julgamentos sobre o que ele escolheu e pôde ser. Quero apenas, aprender com os erros alheios, quero apenas fazer as escolhas mais sábias, ter o que me faz feliz bem pertinho de mim e fazer a vida das pessoas melhor do que se eu não participasse da vida delas. Entender? Nem a minha vida eu entendo...

domingo, 4 de março de 2012

Caso de família

Família é a base de tudo... por isso tem gente sem base...
Apesar de meus pais terem irmãos eu me considero uma "sem tios", sem família... grande... como poderia ser.
Não sei se por não ter é que sempre quis ter aquela família grande tipo foto de porta-retrato! E até agora nada... e esse não ter é uma tristeza que eu carrego comigo desde que me conheço, mas que também já foi maior... é... a terapia faz milagres...
Aí as pessoas vem nos contar que meus tios estão mto doentes, debilitados, já velhinhos e tal como se eu tivesse ou pudesse fazer alguma coisa.
Aqui cabe uma observação: se não tivemos nenhum tipo de convivência foi porque não tinha que ser e também não desenvolvemos nenhum sentimento seja de lá ou de cá.
Todos os dias difíceis que tive contei com pessoas que estavam comigo mesmo sem nenhum parentesco... enfim... coisas simples e fáceis de entender. Nunca, eu disse NUNCA eu pude contar com um tio ou tia... e aprendi que é assim no meu caso.
Mesmo assim, comentei que meus pais deveriam fazer lá uma visita, ver como estão... e assim foram. Não passaram do portão. Não entraram porque da janelinha da porta a irmã de meu pai disse que não era uma boa hora. Era uma tarde e ela disse que naquele momento ela iria tomar café, estava na hora e enfim, não poderiam entrar.
Meus pais ficam tristes com a situação, mesmo dando o devido desconto, porque obviamente aquelas criaturas não são normais. Nada podemos fazer a não ser lamentar a vida pequena que sempre tiveram.
Minha família é um negócio esquisito... ainda bem que meus pais são as exceções. Vivemos muito bem. Para o resto da família é como se eu não existisse, ninguém quer saber de mim.
Claro que isso já me fez muito infeliz... hoje não mais... enfim eu só gostaria que as pessoas se colocassem no meu lugar e se perguntassem antes de falar qualquer coisa: como eu me sinto? Vai me fazer bem? - e só depois disso resolvam se devem ou não me trazer notícias de um lugar onde nada significo.
De verdade mesmo... eu não sei se quero saber da parte da família que não me procura, que não me ajuda e que eu já procurei, já tentei mas também já desisti. Tô mais para não querer saber.
E nesta semana quem encontrei não falou em outra coisa... Respiro fundo... não tem outra coisa que eu possa fazer.

Viagem ao Chile

E então tive a minha primeira grande oportunidade profissional, e fui conhecer algumas importantes vinícolas chilenas.
Já conhecia muitos dos vinhos e das histórias das vinícolas, mas visitar um país que se destaca na produção de vinhos foi uma grande emoção na minha vida.
Do Chile eu sabia tudo até então dos livros, dos cursos... um país que me encantou... dias que não quero esquecer.