domingo, 24 de junho de 2012

Ó vida...

Minha vida anda oscilando entre ser um presente e um castigo... Minha atual meta é decidir por um modelo de bicicleta e comprá-la. Depois disso, torcer para ter vontade de pedalar e pedalar muito. Problema é quando paro pra pensar... algumas vezes me perco em pensamentos bons e noutras enveredo por pensamentos tristes. Sou assim... ando cansada de ser eu... alguém que  se suporta com um remedinho diário. Mas vamos lá... vivendo um dia de cada vez e a vida eventualmente vem me presentear. O que me entristece passa mas volta... Por quê? É muita coisa... lá se vão 36 anos... é muita coisa. E tem aqueles dias em que a gente tem que estampar uma alegria que não sente... sabe como é?  Então... até pq ninguém aguenta gente deprê do lado... isso só piora as coisas... Desabafo feito... voltamos ao normal. bjs e até qq hora.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dividindo meus mais meus pensamentos

Contei essa história para alguém... Quando do lançamento deste livro eu desejei ler, mas sempre vinha outro antes dele, até que, quase 10 anos depois consegui comprar e ler "A Última Grande Lição" de Mitch Albom. 
 Não vou aqui fazer um resumo do livro, mas obviamente que vou falar sobre o que tem me passado pela cabeça enquanto leio.
Há quem acredite que crianças são folhas em branco, eu acredito que a genética, a hereditariedade não deixam a folha totalmente em branco mas as crianças são moldáveis. 
As vivências de uma criança determinam em grande parte o adulto que ela será. A família é o primeiro contato estabelecido com o mundo, então que responsabilidade imensa gerar um filho!
Mas toda essa introdução para enfim chegar aonde eu quero. Estou com a vida muito boa, tenho tudo o que preciso (falando de bens materiais), tenho família (pequena, mas tenho) e trabalho. Falta ainda alguma coisa... mas tendo tudo o que tenho e tendo ainda mais o que vier pela frente, nunca serei uma pessoa feliz. Posso ter momentos felizes, e tenho... mas nunca serei feliz. Quanta ingratidão - você pode pensar. Não se trata disso. Penso que a resposta seja a química, os meus hormônios todos, a minha vida toda.
Penso que alguma resposta me satisfaça e eu deixe de me perguntar tantos por quês. 
Sim, eu tive tudo... só não tive o afeto necessário. Faltou carinho, cumplicidade e sentimentos que nem cobrando eu consegui. Faltou e agora?
Meus pais me amam e não tenho dúvidas, ainda assim faltou muito deles para a criança que eu fui. Sempre teve uma distância muito grande entre nossos pensamentos e nada hoje consegue satisfazer a criança que eu tenho aqui comigo, em mim.
Minha madrinha conseguia chegar até mim. Que pessoa maravilhosa! Tudo o que sou e quero da vida começou ali com ela... uma pena ela ter partido tão cedo. Cedo porque eu queria muito, mas muito mais dias e anos com ela. Mas não adiantava muito querer. Um dia ela não estava mais entre nós.
E todos os dias penso que queria representar para as pessoas o que ela representou para mim. Queria marcar de forma positiva a vida de quem passar por mim, mas até agora não consegui. Não sou tão marcante e nem tão positiva. Chego a pensar que não vou conseguir nunca. Penso em desistir e me recolher do mundo. Penso em continuar tentando. Penso muito.
 Voltando no tempo, se considerar de onde parti, já avancei muito.  Hoje, enquanto pensava este post, revia imagens em pensamento. Me vi indo para a pré-escola. Me vi sentada ao meio-fio da calçada da minha escola, já na terceira série do primário, pensando que minha vida não seria mais a mesma, minha madrinha tinha morrido. Era setembro de 1985.
Me vi andando com minha bicicleta vermelha com rodinhas... um dia tiramos as rodinhas eu eu andava pelas beiradinhas das ruas. O mundo não era tão perigoso como é hoje.
Essas foram as imagens que vieram. Tenho feito esse exercício quase que diariamente. Tenho buscado imagens das mais distantes e com ela sentimentos e assim cheguei as conclusões do início deste post.
Sim, faltou muita coisa para esta criança... pobrezinha. Sinceramente, não sei o que fazer comigo. É aguardar o que o futuro me reserva. Pode ser melhor ou pior... nada permanece igual para sempre.