quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Asa da Borboleta

Ontem à tarde a campanhia tocou. Era o entregador de ração e fui atendê-lo e no caminho, mais precisamente na porta da sala encontrei esta borboleta no chão, aparentemente com a asa ferida e uma gosminha no chão.
Ela não podia voar. Na hora só pensei que não gostaria que ela morresse, mas como meus conhecimentos "borboletísticos" são ínfimos pouco pude fazer por ela. 
Peguei um raminho seco e aproximei-o da borboleta que subiu rapidamente e a coloquei numa folha do meu pé de uva garantindo assim que, Luana, Bianca ou Júlia não a destruíssem numa de suas brincadeiras pouco delicadas.
Quando mamãe chegou mostrei-lhe a borboleta que no fim da tarde estava ali onde a deixei.
O dia amanheceu e fiz tudo como de costume: café da manhã e um pouco de notícias do dia. Fui ver como estavam minhas meninas e só então me lembrei da borboleta e ela continuava ali, agora neste pedacinho de ripa que dá sustentação à uva e com as asas fechadas. Fui pegar o celular pra tirar uma foto e quando voltei ela estava assim, com as asas abertas. Tirei 4 fotos como esta e em seguida a borboleta alçou vôo em direção à rua, sobre o muro de minha casa e aparentemente bem e feliz.
Senti nesse minuto uma gratidão enorme no meu coração por este momento, pois vi que ela pôde voar, não sem antes me dizer que estava bem e me deixar essa foto de lembrança. Senti essa pequena borboleta muito forte e capaz de fazer deste meu dia um dia especial.

domingo, 14 de novembro de 2010

Com meus botões

Ontem assisti a um filme mas o que me interessa aqui é a frase com a qual ele termina:

"É melhor ter uma porta, mesmo que trancada do que não haver porta." (separando você da sua felicidade)


Foi mais ou menos isso que registrei, levando em conta que estava dormindo no sofá e pescava uma palavra ou outra desse final de filme.
Esperar que abram as portas? - Melhor é levar consigo a chave, melhor ainda é abrir passagem e ir levando lembranças boas das etapas anteriores.
Para mim, tenho notado, está sempre faltando algo fundamental para a felicidade, aquela conhecida que depende basicamente de se ter trabalho bacana, família, saúde, homem pra beijar na boca e horas de lazer agradável sem esquecer do tempo necessário para se investir em cursos relacionados à area profissional, e no meu caso sempre eles - os vinhos.
Seria pedir demais, tudo isso ao mesmo tempo, agora?
Seria cruel se recusar a ser verdadeiramente feliz com a ausência de algum item dos acima listados?
Seria se recusar a ver uma fresta da porta abrindo para mim? Será necessário escolher outros caminhos?
Pra que se insiste tanto? A alternativa é desistir. Ou sou o que gosto ou não sou nada.
Mentir pra mim mesma não funciona. Sempre descubro a verdade, a minha verdade.
Tomo um remédio e vou dormir. O dia sempre amanhece. Espero que ele acabe, que se esgote todas as horas em que busco ansiosamente e o que tenho é uma porta trancada. Vida desafiadora. Desalinhada.
Me desculpe, eu não te entendi.

Puppies

Imagem recebida por email.