terça-feira, 10 de junho de 2014

A quantas anda a carruagem?

Agora são 6!
Nunca escrevi diretamente sobre os meus problemas, meus desafios. Acho que assim como não consigo falar sobre eles, também não consigo escrever.
Mas vamos lá. Não me pergunte o que chegou primeiro, mas foi mais ou menos assim. Um tsunami que me levou junto. Crises de pânico. Comecei então a perder peso e cabelos... Uma série de exames e nada, absolutamente nada que justificasse os quase infartos que eu sentia... só eu sentia, não estavam acontecendo.
Dois comprimidinhos para dormir e esquecer quem eu sou eu. Super funcionaram, mas me fizeram engordar.
Penso que a esta altura o cardápio é o seguinte: hora de escolher qual é o problema que eu quero ter.

Sou incapaz de dizer em quantos médicos passei tentando resolver o problema dos cabelos, porque o das crises, embora difícil, já estava sob controle.
E os dias passando, anos... quem sabe quanto tempo passou?
Eu tentava, desistia e tentava de novo, até que enfim, a solução ou o controle da situação estava na frente do meu nariz e eu demorei a dar conta.
O médico é filho da minha psicóloga e do médico que cuida das crises... tudo em família.
Começamos com dois comprimidinhos e a cada consulta vem mais um e outro... Estamos assim: Na verdade 5,5 comprimidos diariamente.
E há alguns dias fiz a minha enésima tentativa de tirar o antidepressivo. Falhei... quer dizer, não deu. Não sei se falhei. Não dá... lá vem aquela sensação de que estão apertando, comprimindo meu cérebro e as ideias estão escapando. Meu coração dá saltos ornamentais. Sinto que estou enlouquecendo. Não quero ouvir vozes porque vozes me perturbam.
Bom, em algum ponto de lucidez decidimos que com remédio é melhor. Dá para suportar.
Vai ser assim para sempre?
É. Acho que sim.
Estou a dois dias viajando... na maionese, sem falar coisa com coisa, ou melhor sem pensar coisa com coisa. Mais uma semana e tudo volta ao normal. Minha calma, minha alma...
Vou esconder-me de quem? Também não dá... O que eu sinto sempre me coloca em situações complexas, pois não sei ser diferente. Só sei ser dirigida por o que sinto.
Se ficar com alguma dúvida, por favor, entre em contato.
Obrigada,
Flavia



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