quinta-feira, 20 de agosto de 2009

D I F E R E N T E
Juntei pilhas de diários e depois me desfiz deles.
Antes dos blogs, escrevia em diários todas as minhas sensações e inferências. Achava útil, achava até que assim surgiria um best seller. Mas o que eu achava foi mudando, como o que eu escrevia e sentia. Não era nada senão igual a todo mundo e se aquela baboseira virasse um livro, não seria capaz de surpreender o leitor, seria algo mais chato do que Iracema de José de Alencar.

E para que toda aquela baboseira se transformasse numa história que despertasse ao menos o meu interesse fui parar na Bahia. Não me desfiz dos diários que contam minhas aventuras na Costa do Descobrimento, mas eu os perdi nesse infinito virtual e aos poucos muitos detalhes se perdem do que eu ainda me lembro.
As experiências de vida me transformam mesmo que com o tempo eu esqueça como tais mudanças se deram, e o que eu mais quero é ser uma pessoa melhor, mas não assim, como uma frase feita. Quero ser visivelmente melhor comigo e com os outros. Quero exigir menos de mim e dos outros. Quero fazer a vida das pessoas algo bem melhor do que se eu não fizesse parte da vida delas... e assim terei enfim, ficado satisfeita.
Tenho um grau de amnésia considerável.
Não raro encontro amigos que recordam certas passagens, certos fatos que parece que eu não vivi. Andei um tanto saudosista esta semana e isso não é auspicioso porque junto com as boas lembranças vem os por quês. Nada de que eu me arrependa, mas que eu quero muito questionar com o todo Poderoso se tinha mesmo que ser assim.
Pode ser que este post não tenha muito sentido. Apenas fiz como fazia os meus diários. Fui divagando sem fazer releituras ou devidas correções de ortografia. Apenas fui colocando as palavras. E entre palavras a minha saudade. Pode ser que não faça sentido porque não consegui colocar tudo o que pensei. Pensei nas minhas escolhas, nas minhas viagens, nas chegadas e despedidas da vida. Na morte, no vinho, na sede, nos sonhos. Tudo aquilo que se transformou quando eu cheguei, nos sorrisos que vi, nos sorrisos que dei.
As lágrimas que me inundaram até que eu acreditei de novo que lutar vale a pena. - nisso eu também pensei.
E resolvi que aqui termina este post.


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