Confesso que demorei a ver "Cisne Negro" porque sabia tratar-se da história de uma bailarina e este não é um assunto que eu busque com frequência, mas uma vez que assisti ao "Discurso do Rei" (ganhador da estatueta) quis conferir seu concorrente mais famoso.
Para minha surpresa, se eu votasse, "Cisne Negro" teria meu voto de melhor filme. Trata da obsessão humana, da busca desenfreada por uma perfeição imaginária e talvez inexistente que acomete muitos de nós em diferentes intensidades. Nina, a bailarina, deixa que sua obsessão sufoque a arte quando na verdade os expectadores de ballet se encantam com a arte tão somente. Com esse filme, elaborei um breve questionamento: Pessoas não têm a medida exata do quanto podem COBRAR do outro e nem de si mesmas, mas estão beirando o aceitável (e saudável) e será que se dão conta disso? - Vale mais a pena se encantar por gestos, pelo simples e ainda e sempre pelo belo... Não é o mesmo que satisfazer-se com pouco, com o conformismo... mas aprender a usar a melhor medida das coisas.
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