domingo, 14 de novembro de 2010

Com meus botões

Ontem assisti a um filme mas o que me interessa aqui é a frase com a qual ele termina:

"É melhor ter uma porta, mesmo que trancada do que não haver porta." (separando você da sua felicidade)


Foi mais ou menos isso que registrei, levando em conta que estava dormindo no sofá e pescava uma palavra ou outra desse final de filme.
Esperar que abram as portas? - Melhor é levar consigo a chave, melhor ainda é abrir passagem e ir levando lembranças boas das etapas anteriores.
Para mim, tenho notado, está sempre faltando algo fundamental para a felicidade, aquela conhecida que depende basicamente de se ter trabalho bacana, família, saúde, homem pra beijar na boca e horas de lazer agradável sem esquecer do tempo necessário para se investir em cursos relacionados à area profissional, e no meu caso sempre eles - os vinhos.
Seria pedir demais, tudo isso ao mesmo tempo, agora?
Seria cruel se recusar a ser verdadeiramente feliz com a ausência de algum item dos acima listados?
Seria se recusar a ver uma fresta da porta abrindo para mim? Será necessário escolher outros caminhos?
Pra que se insiste tanto? A alternativa é desistir. Ou sou o que gosto ou não sou nada.
Mentir pra mim mesma não funciona. Sempre descubro a verdade, a minha verdade.
Tomo um remédio e vou dormir. O dia sempre amanhece. Espero que ele acabe, que se esgote todas as horas em que busco ansiosamente e o que tenho é uma porta trancada. Vida desafiadora. Desalinhada.
Me desculpe, eu não te entendi.

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