E não é que quis o destino que minha mãe ganhasse uma máquina de tricô? Presente de uma amiga, nos trouxe as lembranças de mais de 20 anos quando tínhamos duas máquinas destas e fazíamos (ela e eu) peças de tricô sob encomenda.
Nossas vidas dão muitas voltas e cá estamos nós de novo combinando cores, tecendo meias, cachecóis e blusas de lã.
Eu até gosto de fazer tricô assim, mas não como trabalho diário e sim como hobby, mas trabalho diário eu não tenho, pois quis também o destino que eu estivesse aqui de volta pra casa numa cidade onde não empregam sommeliers. Não adianta querer muito uma coisa que não existe, não é mesmo?
Estou triste. Batalhei tanto, saí de casa e fui buscar algo de que gostasse e encontrei. Experimentei uma vida legal com a qual me identifiquei e no entanto voltei pra casa. Posso dizer que moro onde temos uma melhor assistência médica, mas fora as consultas médicas todo o resto é bem morno, bem diferente da vida que eu quero de novo pra mim. Não faço a mínima ideia de onde essa história vai parar. Os pés estão quentinhos agora, com meias de lã.
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