Uma caixa com papéis, cartões de amizade, Natal e aniversário, fotos, palavras.
Fotografei aí a página mais importante da minha vida!
Minha madrinha, uma amiga de mamãe, que era muito especial pra ela e que veio a ser além de minha madrinha, a pessoa mais importante da minha infância e da minha vida, dividindo o ranking com meus pais.
Eu, com 9 anos, o ano era 1985 - acompanhei a evolução rápida de um câncer que levou embora a minha madrinha, e, como na época eu (pobrinha) nem máquina fotográfica tinha, comprei um caderninho de recordações e dei a ela a primeira página. Na verdade, era a única página que me importava. Sua letra, antes linda e redondinha, saía trêmula devido aos medicamentos de que fazia uso, mas suas palavras bem definiam a importância que a amizade dela tinha para mim e a minha para com ela.
Tenho poucas fotos dela, mas tenho algumas. E aproximadamente um mês depois de me escrever essas palavras, ela morreu. Desde então, queria muito vê-la em meus sonhos, mas ela raramente aparece e em uma ou duas vezes em que isso ocorreu, ela não fala nada. Nunca mais ouvi sua voz.
Quando estou feliz e algo bom acontece, penso que gostaria de compartilhar com ela. Quando estou triste, penso que gostaria de estar com ela, pois ela tinha o dom de fazer da vida um festa e nenhuma tristeza se aproximava.
Desde então, a vida me mostrou que pessoas assim, são presentes de Deus, mas são raridades. A vida me mostrou que por mais que eu me comporte não vai me devolver o que perdi, mas ainda assim, os nove anos que tive com minha madrinha foram a base do ser humano que sou e ela é o exemplo do que quero ser para mim e do que quero ser para os outros. E essa é minha batalha. E essa é minha saudade.
Tenho poucas fotos dela, mas tenho algumas. E aproximadamente um mês depois de me escrever essas palavras, ela morreu. Desde então, queria muito vê-la em meus sonhos, mas ela raramente aparece e em uma ou duas vezes em que isso ocorreu, ela não fala nada. Nunca mais ouvi sua voz.
Quando estou feliz e algo bom acontece, penso que gostaria de compartilhar com ela. Quando estou triste, penso que gostaria de estar com ela, pois ela tinha o dom de fazer da vida um festa e nenhuma tristeza se aproximava.
Desde então, a vida me mostrou que pessoas assim, são presentes de Deus, mas são raridades. A vida me mostrou que por mais que eu me comporte não vai me devolver o que perdi, mas ainda assim, os nove anos que tive com minha madrinha foram a base do ser humano que sou e ela é o exemplo do que quero ser para mim e do que quero ser para os outros. E essa é minha batalha. E essa é minha saudade.
Um comentário:
Flavinha. Eu tb tenho uma caixa de guardados. Na verdade, tenho uma caixa enorme, pq guardar coisas de filhos é uma coisa do outro mundo. Qdo revejo cada papelzinho, retornam as emoções daquele momento. São momentos mágicos mesmo. Adoro.
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