Era uma manhã de sol tímido, eu e mamãe caminhávamos sem pressa por algumas ruas do centro da cidade. Passamos na calçada de uma escola pública cercada por alambrados e arames farpados quando mamãe pegou um pedacinho de conversa:
- Ah, se for pra morrer tudo bem, mas não quero morrer virgem! - dizia uma menina, em pé rodeada por uns 3 garotos.
A conversa prosseguiu, mas não faço ideia da direção que tomou porque continuamos a andar.
Mamãe que ora é moderninha, ora é conservadora pra sua idade observou:
- Nossa, falando com meninos que não quer morrer virgem... no meu tempo...
- Sim, para meninos, pra ver se algum resolve ajudá-la com o problema que neste momento a aflige. - falei.
E seguimos com nossos achismos. Só nossos. Até no meu tempo eu não falava sobre determinados assuntos, e ainda não falo mas sei que já avanço um bom tanto, mas é só até ali, porque o íntimo ainda me pertence, e não falo só em sexo, mas acho ainda importante que se deixe viver o mistério de cada um.
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